A interdição do estádio municipal Dutrinha está levando a Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) a adiar a realização do Arbitral Técnico do Campeonato Estadual da Segunda Divisão. O congresso é o que define o número de participantes, regulamento e fórmula de disputa.

A entidade normalmente abre o torneio de acesso no mês de julho. Mas com o estádio, apontado como o mais viável aos clubes de Cuiabá e Várzea Grande na Segundona, está fechado por conta de determinação da Justiça – decisão tomada após confusão e tentativa de invasão por parte de torcedores mixtenses em jogo contra o Luverdense pelo Estadual deste ano – , a Federação prefere, por enquanto, não convocar as equipes para debater a competição.

O vice-presidente João Carlos Oliveira ressalta que só com a liberação do Dutra será possível convocar o Arbitral para definir o modelo da Segunda Divisão. Segundo o dirigente, há um número “considerável” de clubes que compõem a Região Metropolitana – Cuiabá e Várzea Grande – que já garantiram que vão tentar o acesso este ano à Primeira Divisão de 2016.

Entre interessados e quase confirmados das duas cidades estão Mato Grosso, Brasil Central, Ação e Operário Futebol Clube. “Aqui em Cuiabá, infelizmente, só temos o Dutrinha para mandar os jogos pela Segunda Divisão. Como se trata de uma competição reconhecida pela CBF e profissional, não podemos realizar jogos em miniestádios ou em qualquer campo sem condição de cumprir às exigências dos órgãos de segurança. Vamos ter que esperar pela liberação do Dutra para abrirmos conversa sobre a competição”, disse Oliveira, ‘ignorando’ a Arena

Pantanal, apontada como inviável até mesmo aos clubes da Primeira Divisão do Mato-grossense.

No início do mês a prefeitura da capital prometeu entregar o Dutra “reformado e com as exigências da Justiça atendidas” em 20 dias. Mas, até agora as obras nem mesmo tiveram início.