
Um estádio novinho em folha, moderno, construído para a Copa do Mundo; premiação de R$ 300 mil para o campeão e prêmios até para o torcedor; e um presidente novo a frente da FMF, com idéias novas, vitalidade e vontade de acertar… Não adiantou! Na média o Campeonato Mato-grossense tem levado menos de 800 torcedores por jogo aos estádios e se vê cercado por muitos problemas. Afinal o que deu errado? A Segunda Fase no próximo domingo, com Dom Bosco x Operário na Arena Pantanal e REC x Poconé, em Rondonópolis, tendo ainda Luverdense e Cuiabá como os demais classificados, sem a esperada empolgação dentro e fora de campo. Para o presidente do Cuiabá Esporte Clube, campeão nos últimos dois anos, não temos um futebol verdadeiramente profissional, a transmissão ao vivo para as praças onde os jogos são realizados atrapalha e o torcedor perdeu o interesse.
A baixa presença de público, o fraco nível técnico e os problemas extracampo, como o ‘tapetão,’ roubaram a atenção de um torneio que tinha para dar certo, mas não vingou.
Para o presidente do Cuiabá Esporte Clube, Aron Dresch, a crise local apenas reflete um problema que é nacional. “Nacionalmente o futebol brasileiro está em crise, não é só aqui. O público não vai nem nos grandes centros. Tudo é uma consequência”, opina.
Numa análise bastante realista e sincera, Dresch aponta: “O futebol aqui não é profissional, não enche os olhos, fazem os times de última hora e aí ocorrem os erros como esse do TJD. Isso tudo prejudica a presença de público”, disse.
Na opinião do empresário, a transmissão ao vivo dos jogos para as praças sedes das partidas, também afasta o torcedor. “A televisão ajuda e atrapalha. Ninguém vai sair do conforto de sua casa para assistir a um jogo do Campeonato Mato-grossense. Ano passado a Arena era novidade, não é mais. Hoje nem Cuiabá, nem Mixto, atraem mais, o público perdeu o interesse. O problema não é técnico. Os times daqui se equiparam com os rivais de outros estados. O público está perdendo o interesse pelo futebol, ao mesmo tempo em que os times melhoraram tecnicamente em Mato Grosso, tanto que melhoraram nossas posições no ranking das federações”, argumenta Dresch.
Fonte:
SportSinop/Valcir Pereira e Craques do Rádio
Fotos: Redação/SportSinop