
A única seleção
estreante na Copa do Mundo de 2014 já está eliminada. Derrotada no primeiro
jogo pela Argentina no domingo, a Bósnia e Herzegovina teve gol legal de Dzeko
anulado e perdeu neste sábado para a Nigéria por 1 a 0, na Arena Pantanal,
colocando um fim prematuro na sua primeira participação em Mundial.
Os europeus até começaram bem o jogo e
chegaram a balançar as redes com seuartilheiro, aos 20 minutos do primeiro tempo, mas a
arbitragem alegou impedimento, que não existiu. Os bósnios, contudo, não se
encontraram mais e ainda pediram falta de Emenike em Spahic no lance que
definiu o placar, com o gol de Odemwingie, aos 28 da etapa inicial.
Sem nenhum ponto em duas partidas, a
Bósnia e Herzegovina se despede do torneio no Brasil na
quarta-feira, às 13 horas (de Brasília), na Fonte Nova, em Salvador, enfrentando
o Irão, que tem um ponto e ainda luta por vaga. No mesmo dia e horário, a
Nigéria, agora com três pontos, encara a já classificada Argentina no
Beira-Rio, em Porto
Alegre, em busca de garantir sua presença nas oitavas de
final.
O jogo – A
Bósnia e Herzegovina armou-se para jogar no
campo adversário, preenchendo seu meio-campo com cinco jogadores, todos com a
missão de procurar Dzeko, isolado na frente. A Nigéria não fechava espaços na
defesa, mas apostava na velocidade do quarteto Babatunde, Odemwingie, Musa e
Emenike para contra-atacar.
Nessas estratégias, a Nigéria criou o primeiro perigo em
cobrança de falta de Odemwingie rente à trave, aos seis minutos. Quatro minutos
depois, Musa finalizou perto da meta. Válvulas de escape para os africanos
respirarem, já que começaram o duelo correndo atrás do bloco bósnio que tentava
se aproximar de Dzeko e encontrava formas de entrar na área adversária
facilmente.
Assim, o time europeu balançou as redes, aos 20 minutos, quando
Dzeko, em posição legal, invadiu a área e tocou por cima do goleiro Enyeama. A
arbitragem anulou o gol e, no lance seguinte, Dzeko finalizou em cima do
arqueiro e capitão nigeriano. A partir daí, os africanos apelaram para faltas e
reforçaram a marcação na intermediária.
Os bósnios se sentiam confiantes em subir, mas
já não acertavam mais passes e tornaram Spahic presa fácil para Emenike, que
impunha força para comandar os ataques pela ponta direita. Aos 28 minutos, o
atacante, literalmente, deixou o marcador no chão em dividida, usando o corpo,
e só rolou para Odemwingie balançar as redes.
Os jogadores da Bósnia e Herzegovina se indignaram, pedindo
falta de Emenike, mas não conseguiram convencer o assistente da infração. Da
mesma forma, também não acertaram mais nenhuma assistência em busca de Dzeko,
que mostrava falhas técnicas ao não aproveitar os raros passes que chegavam a
ele na grande área nigeriana.
No segundo tempo, em busca do gol que evitaria a precoce
eliminação, os bósnios não acertavam quase nada na frente e se expunham
completamente na defesa.
Babatunde, em jogada individual, e Emenike, passando
por quem tentasse pará-lo na ponta direita, fizeram o goleiro Begovic trabalhar
para evitar o segundo gol.
O resto do segundo tempo foi de ataque sem organização, baseado
somente na vontade da Bósnia.
Os nigerianos trataram de segurar o jogo da
maneira que puderam, enchendo sua grande área para bloquear Dzeko, única real
esperança do adversário, e demorando para cobrar faltas e laterais. Nos
acréscimos, o atacante do Manchester City, enfim, se mexeu, mas finalizou em
cima do goleiro Enyeama.
Fonte:
SportSinop/Valcir Pereira e Cuiabá (MT)
Foto:
Redação/SportSinop e Wander Roberto/Gazeta Press