No futebol de Mato Grosso vale mesmo (e quase sempre) a Lei de Murph – tudo que pode dar errado vai dar errado, e da pior maneira. Mais uma prova disso foi dada nesta quinta-feira pela Federação Mato-grossense de Futebol: a decisão do Campeonato Mato-grossense 2015 que já estava absurdamente marcada para às 19h de uma segunda-feira foi antecipada para, pasmem os senhores (as), às 15h40. Isso mesmo, no meio da tarde de uma ‘segundona’ vamos ter jogo valendo título. Mas, calma, vai piorar ainda mais…

O jogo será transmitido ao vivo pela televisão, principal responsável por esta mudança, segundo informou o presidente do Operário, Geovanni Banegas, revoltado com a alteração. “È mais um absurdo, não tem cabimento. Jogar numa segunda já o fim da picada, à tarde então nem se fala”, protestou, afirmando estar “indignado e revoltado com esta direção da Federação, principalmente com o seu presidente atual (Helmute Lawisch, presidente licenciado do Luverdense)”.

Em seu site, a FMF foi clara ao atribuir única e exclusivamente à TVCA, detentora exclusiva dos direitos de transmissão da competição, a decisão de antecipar o jogo para o período da tarde, para “cumprir o contrato”.

Geovanni deve cumprir a ordem e colocar seu time em campo, mesmo esperneando. Afinal, descontentamentos com atitudes de Helmute existem desde o final do ano passado por parte da maioria dos representantes dos clubes da 1ª Divisão, mas estas manifestações ficaram apenas nos bastidores. ‘Peitar’ diretamente a FMF e questionar suas decisões de maneira efetiva, concreta, até agora nada… E assim caminhamos firmes, fortes e iludidos para a final do, com certeza, mais desastroso certame dos últimos anos. E o pior é que o tal do Murph parece mesmo ser o maior ídolo da cartolagem por aqui…

Lei de Murphy é um adágio ou epigrama da cultura ocidental que normalmente é citada como: tudo que pode dar errado vai dar errado, e da pior maneira.

Esta expressão é oriunda do resultado de um teste de tolerância à gravidade por seres humanos, feito pelo engenheiro aeroespacial norte-americano Edward A. Murphy. Ele deveria apresentar os resultados do teste; contudo, os sensores que deveriam registrá-lo falharam exatamente na hora, porque o técnico havia instalado os sensores da forma errada. Frustrado, Murphy disse “Se este homem tem algum modo de cometer um erro, ele o fará”. Daí, foi desenvolvida a assertiva: “Se existe mais de uma maneira de uma tarefa ser executada e alguma dessas maneiras resultar num desastre, certamente será a maneira escolhida por alguém para executá-la”. Mais tarde, o teste obteve sucesso.